As desordens funcionais dos maxilares estão cada vez mais presentes na rotina clínica dos nossos consultórios.
Bruxismo e briquismo são duas situações que referenciam o rangimento ou o apartamento dos dentes.
O que nos tem deixado mais espertos a essas intercorrências é que além das tristes sequelas das parafunções, elas tem se tornado cada vez mais comuns na nossa sociedade. Esse acometimento se reflete no desgaste estrutura dentária (esmalte, dentina e, em alguns casos extremos, atinge a polpa) e consequentemente na perda de dimensão vertical, gerando alterações consideráveis no padrão e perfil dentário dos pacientes.
Para se estabelecer, a parafunção precisa estar associada a diversos fatores, como maloclusão, estresse físico, psicológico, emocional, ansiedade e preocupação. Ela pode gerar uma série de problemas orais permanentes, entre eles, desgastes dentarios, trincas, fraturas, abfrações, desordens articulares, estalido na ATM, zumbido no ouvido, dor no pescoço, coluna cervical, mandíbula e músculos afetados.
Apesar de todos os estudos envolvidos sobre o tema, o bruxismo pode ser tratado paliativamente com placas de mordida miorrelaxantes que protegem o contato oclusal dos dentes; aplicação de toxina botulínica, alinhamento e nivelamento dos dentes com aparelhos ortodônticos, entre outros.
A grande maioria dos pacientes irão necessitar reabilitar as estruturas dentais perdidas pelo atrito e restabelecer a forma e função, que podem ser realizados através de facetas ou coroas dentais
Afim de reduzir o desconforto, a dor, prevenir os danos dentais e reduzir a fricção entre dentes, procurar um cirurgião dentista para ajudá-lo na condução do melhor tratamento.
Embora, as causas sejam multifatoriais, é importante uma mudança no estilo de vida que levamos, cada vez mais atribulado, dormir melhor, praticar atividades físicas, técnicas de relaxamento, reduzir consumo de álcool, cigarro, alimentos termogênicos e estimulantes, são algumas dicas para o sucesso do tratamento.